Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942013000100009
Brazilian Journal of Anesthesiology
Clinical Information

Lesão brônquica e pneumotórax após reintubação usando um cateter para troca da via aérea

Bronchial injury and pneumothorax after reintubation using an airway exchange catheter

Juliano P. de Almeida; Ludhmila A. Hajjar; Júlia T. Fukushima; Rosana E. Nakamura; Rodolfo Albertini; Filomena R. B. G. Galas

Downloads: 0
Views: 2375

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Relatamos um caso de pneumotórax causado por perfuração brônquica durante uma reintubação usando um cateter para troca da via aérea (CTVA) em um paciente com câncer de cabeça e pescoço. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 53 anos, com carcinoma de orofaringe, foi internado na UTI com pneumonia grave e síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). O paciente foi identificado como sendo de difícil intubação e uma sonda endotraqueal (SET) foi inserida através de um broncoscópio. Após uma semana de tratamento, observou-se ruptura do manguito endotraqueal. A troca da sonda endotraqueal foi necessária para obter uma ventilação pulmonar satisfatória. Um cateter para troca da via aérea (Cook, tamanho 14) foi usado para realizar a reintubação. Depois da reintubação, o paciente apresentou piora na saturação de oxigênio e uma radiografia revelou um grande pneumotórax. Um dreno torácico foi inserido e uma melhora imediata na saturação de oxigênio foi observada. A repetição da radiografia confirmou o posicionamento correto do dreno torácico e a reexpansão do pulmão direito. A broncoscopia realizada mostrou uma laceração posterior do brônquio principal direito. O paciente foi extubado no dia seguinte. Depois de quatro dias, o dreno torácico foi removido. A radiografia realizada um dia depois da retirada do dreno revelou um pequeno pneumotórax no lobo superior direito, mas o paciente permaneceu assintomático. CONCLUSÕES: O cateter para troca da via aérea é uma ferramenta valiosa para lidar com pacientes difíceis de intubar. Embora os médicos geralmente concentrem sua atenção em evitar um barotrauma causado pelo suplemento de oxigênio ou ventilação a jato através do CTVA, a preocupação com a técnica de inserção pode minimizar as complicações que ameaçam a vida e aumentar a segurança do CTVA.

Palavras-chave

ANESTESIA, INTUBAÇÃO TRAQUEAL, Manuseio das Vias Aéreas, TERAPIA INTENSIVA

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: We report a case of pneumothorax caused by a bronchial perforation during a reintubation using an airway exchange catheter (AEC) in a patient with a head and neck cancer. CASE REPORT: A 53 year old man with oropharynx carcinoma was admitted to ICU for severe pneumonia and severe acute respiratory distress syndrome (ARDS). The patient was recognized as a difficult-to-intubate patient and an endotracheal tube (ETT) was inserted through a bronchoscope. After one week of treatment, it was observed an endotracheal cuff perforation. Exchanging the endotracheal tube was necessary to achieve satisfactory pulmonary ventilation. An AEC Cook 14 was used to perform the reintubation. After reintubation, the patient presented a worsening in oxygen saturation and a chest radiography (CXR) revealed a large pneumothorax. A chest tube was inserted and we observed immediate improvement in oxygen saturation. A repeat CXR confirmed correct positioning of the chest tube and reexpansion of the right lung. A bronchoscopy performed showed a posterior laceration in the right main bronchus. The patient was extubated the following day. After four days, the chest tube was removed. A CXR performed a day after chest tube removal revealed a small right upper pneumothorax, but the patient remained asymptomatic. CONCLUSIONS: Airway exchange catheter is a valuable tool to handle with difficult-to-intubate patients. Although the physicians generally focus their attention in avoid barotrauma - caused by oxygen supplement or jet ventilation through AEC - concern for insertion technique can minimize life threatening complications and increase the safety of AEC.

Keywords

Intubation, Intratracheal, Airway Management, Intensive Care, Anesthesia

References

Duggan LV, Law JA, Murphy MF. Brief review: supplementing oxygen through an airway exchange catheter: efficacy, complications, and recommendations. Can J Anaesth. 2011;58:560-568.

Navalesi P, Frigerio P, Moretti MP. Rate of reintubation in mechanically ventilated neurosurgical and neurologic patients: evaluation of a systematic approach to weaning and extubation. Crit Care Med. 2008;36(11):2986-2992.

Huitink JM, Buitelaar DR, Schutte PF. Awake fibrecapnic intubation: a novel technique for intubation in head and neck cancer patients with a difficult airway. Anaesthesia. 2006;61(5):449-452.

Cooper RM. The use of an endotracheal ventilation catheter in the management of difficult extubations. Can J Anaesth. 1996;43:90-93.

DeLima I, Bishop M. Lung laceration after tracheal extubation over a plastic tube changer. Anesth Analg. 1991;73:350-351.

Seita PA, Gravenstein N. Endobronchial rupture from endotracheal reintubation with an endotracheal tube guide. J Clin Anesth. 1989;1:214-217.

Benumof JL. Airway exchange catheters: simple concept, potentially great danger. Anesthesiology. 1999;91(2):342-344.

Ayoub CM, Lteif AM, Rizk MS, Abu-Jalad NM, Hadi U, Baraka AS. Facilitation of passing the endotracheal tube over the flexible fiberoptic bronchoscope using a Cook airway exchange catheter. Anesthesiology. 2002;96(6):1517-1518.

5dd437ca0e88254254c63494 rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections