Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942009000100002
Brazilian Journal of Anesthesiology
Scientific Article

Mistura com excesso enantiomérico de 50% de bupivacaína (S75:R25) hiperbárica para procedimentos cirúrgicos infra-umbilicais: estudo com diferentes volumes

Mezcla con exceso enantiomérico de 50% de bupivacaína (S75:R25) hiperbárica para procedimientos quirúrgicos infraumbilicales: estudio con diferentes volúmenes

Luiz Eduardo Imbelloni; José Antônio Cordeiro

Downloads: 0
Views: 702

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A bupivacaína hiperbárica comercialmente utilizada apresenta-se como forma racêmica. No Brasil, a bupivacaína em excesso enantiomérico de 50% (S75:R25) foi lançada somente na forma isobárica. O objetivo deste estudo foi avaliar a bupivacaína S75:R25 hiperbárica em diferentes volumes para anestesia raquídea em procedimentos cirúrgicos infra-umbilicais. MÉTODO: Participaram do estudo 40 pacientes com idades entre 20 e 60 anos, estado físico ASA I e II, programados para procedimentos cirúrgicos infra-umbilicais, sob anestesia raquídea. Os pacientes foram aleatoriamente separados em quatro grupos de dez pacientes: Grupo 2,5 - recebeu 2,5 mL da solução (10 mg), Grupo 3 3 mL (12 mg), Grupo 4 - 4 mL (16 mg) e Grupo 5 - 5 mL (20 mg). Foram avaliados e comparados os seguintes parâmetros: latência, dispersão cefálica, bloqueio motor, alterações cardiovasculares e complicações neurológicas. RESULTADOS: A latência foi de 1:33 ± 0:26 (min:s) sem diferença significativa entre as doses utilizadas. Houve correlação entre a dispersão do bloqueio e o volume utilizado. O bloqueio motor foi dose-dependente. A incidência de bradicardia ou de hipotensão arterial foi correlacionada com o aumento da dose. Não ocorreram falhas. CONCLUSÕES: A bupivacaína 0,4% hiperbárica em excesso enantiomérico de 50% (S75:R25) com glicose a 5% proporcionou rápido início de instalação, com nível do bloqueio sensitivo, do bloqueio motor e da duração do bloqueio dose-dependente.

Palavras-chave

ANESTÉSICOS, Local, TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional

Abstract

JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La bupivacaína hiperbárica comercialmente utilizada se presenta como forma racémica. En Brasil, la bupivacaína en exceso enantiomérico de 50% (S75:R25) fue lanzada solo en forma isobárica. El objetivo de este estudio fue evaluar la bupivacaína S75:R25 hiperbárica en diferentes volúmenes para la anestesia raquídea en procedimientos quirúrgicos infraumbilicales. MÉTODO: Participaran en el estudio 40 pacientes con edades entre los 20 y los 60 años, estado físico ASA I y II, programados para procedimientos quirúrgicos infraumbilicales, bajo anestesia raquídea. Los pacientes fueron aleatoriamente separados en cuatro grupos de 10 pacientes: Grupo 2,5 - recibió 2,5 mL de la solución (10 mg), Grupo 3 - 3 mL (12 mg), Grupo 4 - 4 mL (16 mg) y Grupo 5 - 5 mL (20 mg). Se evaluaron y compararon los siguientes parámetros: latencia, dispersión cefálica, bloqueo motor, alteraciones cardiovasculares y complicaciones neurológicas. RESULTADOS: La latencia fue de 1:33 ± 0:26 minutos sin diferencia significativa entre las dosis utilizadas. Hubo una correlación entre la dispersión del bloqueo y el volumen utilizado. El bloqueo motor fue dosis dependiente. La incidencia de bradicardia o de hipotensión arterial fue correlacionada con el aumento de la dosis. No se registraron fallas. CONCLUSIÓNES: La bupivacaína 0,4% hiperbárica en exceso enantiomérico de 50% (S75:R25) con glucosa a 5% proporcionó un rápido inicio de instalación, con un nivel del bloqueo sensitivo, del bloqueo motor y de la duración del bloqueo dosis dependiente.

References

Ekblom L, Widman B. LAC-43 and tetracaine in spinal anaesthesia. Acta Anaesthesiol Scand. 1966;23:419-421.

Simonetti MPB. Manipulação da relação enantiomérica da bupivacaína. Rev Bras Anestesiol. 1999;49:416-418.

Imbelloni LE, Beato L. Comparação entre bupivacaína racêmica (S50-R50) e mistura enantiomérico de bupivacaína (S75-R25), ambas isobáricas, a 0,5% em raquianestesia: Estudo em cirurgias ortopédicas. Rev Bras Anestesiol. 2001;51:369-376.

Greene NM. Distribution of local anesthetic solutions within the subaracnoid space. Anesth Analg. 1985;64:715-730.

Imbelloni LE, Vieira EM, Beato L. Raquianestesia com a mistura enantiomérico de bupivacaína a 0,5% isobárica (S75-R25) em crianças com idades de 1 a 5 anos para cirurgia ambulatorial. Rev Bras Anestesiol. 2002;52:286-293.

Bromage PR. A comparison of the hydrochloride and carbon dioxide salts of lidocaine and prilocaine in epidural analgesia. Acta Anaesthesiol Scand. 1965:55-69.

Chambers WA, Scott DB. Spinal anesthesia with hyperbaric bupivacaine: effect of added vasoconstrictors. Anesth Analg. 1982;61:49-52.

Kokki H, Hendolin H. No difference between bupivacaine in 0.9% and 8% glucose for spinal anaesthesia in small children. Acta Anaesthesiol Scand. 2000;44:548-551.

Imbelloni LE, Sobral MGC. Influência da idade na anestesia subaracnóidea com bupivacaína 0,5% hiperbárica. Rev Bras Anestesiol. 1990;40:415-419.

Imbelloni LE. O uso racional da raquianestesia. Tratado de Anestesia Raquidiana. 2001;79.

5dd692140e88259f7213f286 rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections