Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942006000600006
Brazilian Journal of Anesthesiology
Scientific Article

Analgesia pós-operatória para procedimentos cirúrgicos ortopédicos de quadril e fêmur: comparação entre bloqueio do compartimento do psoas e bloqueio perivascular inguinal

Postoperative analgesia for orthopedic surgeries of the hip and femur: a comparison between psoas compartment and inguinal paravascular blocks

Luiz Eduardo Imbelloni; Lúcia Beato; Carolina Beato; José Antônio Cordeiro

Downloads: 0
Views: 943

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Este estudo avaliou a eficácia da injeção única de bupivacaína a 0,25% no compartimento do psoas ou perivascular inguinal por meio do estimulador de nervos periféricos para analgesia pós-operatória em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas ortopédicas. MÉTODO: Cem pacientes receberam bloqueio do plexo lombar através do compartimento do psoas e foram comparados com 100 pacientes que receberam bloqueio do plexo lombar via perivascular inguinal, identificados pelo estimulador de nervos periféricos com a injeção de 40 mL bupivacaína a 0,25% sem epinefrina. A analgesia nos nervos ilioinguinal, genitofemoral, cutâneo femoral lateral, femoral e obturatório foi avaliada 4, 8, 12, 16, 20 e 24 horas após o final da intervenção cirúrgica. A intensidade da dor foi também avaliada no mesmo período. A quantidade de opióides administrada no pós-operatório foi anotada. Em cinco pacientes de cada grupo, estudo radiográfico com contraste não-iônico foi realizado para avaliar a dispersão da solução anestésica. RESULTADOS: Os nervos ilioinguinal, genitofemoral, cutâneo femoral lateral, femoral e obturatório foram bloqueados em 92% dos pacientes no compartimento do psoas versus 62% no bloqueio perivascular inguinal. O bloqueio do plexo lombar reduziu a necessidade de opióides e 42% dos pacientes submetidos ao bloqueio do compartimento do psoas e 36% dos pacientes no bloqueio inguinal não necessitaram de analgésico adicional no pós-operatório. A duração da analgesia foi em torno de 21 horas com bloqueio do compartimento do psoas e 15 horas com bloqueio perivascular inguinal. CONCLUSÕES: O bloqueio do compartimento do psoas e perivascular inguinal é uma excelente técnica para analgesia pós-operatória em intervenções cirúrgicas ortopédicas reduzindo a necessidade de opióides. Este estudo mostrou que a injeção no compartimento do psoas foi mais fácil e mais efetiva no bloqueio dos cinco nervos do plexo lombar.

Palavras-chave

ANALGESIA, ANESTÉSICOS, Local, TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional, TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: This study evaluated the efficacy of a single injection of 0.25% bupivacaine in the psoas compartment or inguinal paravascular for postoperative analgesia in patients undergoing orthopedic surgeries using a peripheral nerve stimulator. METHODS: One hundred patients who had a lumbar plexus block through the psoas compartment were compared to 100 patients who had an inguinal paravascular block, using a peripheral nerve stimulator, with 40 mL of 0.25% bupivacaine. The analgesia of the ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves was assessed 4, 8, 12, 16, 20, and 24 hours after the end of the surgical procedure. Pain severity was also evaluated in the same period. The amount of opioids administered in the postoperative period was recorded. A radiological study with non-ionic contrast was done in five patients in each group to evaluate the dispersion of the anesthetic. RESULTS: The ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves were blocked in 92% of the patients with psoas compartment block versus 62% in those with inguinal paravascular block. Lumbar plexus block reduced the need for opioids, and 42% of the patients who underwent psoas compartment block and 36% of the patients who underwent inguinal paravascular block did not need additional analgesics in the postoperative period. Analgesia lasted for approximately 21 hours in the psoas compartment block and 15 hours in the inguinal paravascular block. CONCLUSIONS: Psoas compartment block and inguinal paravascular block are excellent techniques for postoperative analgesia in orthopedic surgeries, decreasing the need for opioids. This study showed that the injection in the psoas compartment was easier and more effective in blocking the five nerves of the lumbar plexus.

Keywords

ANALGESIA, ANESTHETICS, Local, ANESTHETIC TECHNIQUES, Regional, ANESTHETIC TECHNIQUES, Regional

References

Winnie AP, Ramamurthy S, Durrani Z. The inguinal paravascular technic of lumbar plexus anesthesia: the "3-in-1 block". Anesth Analg. 1973;52:989-996.

Winnie AP, Ramamurthy S, Durrani Z. Plexus blocks for lower extremity surgery. Anesthesiol Rev. 1974:11-16.

Imbelloni LE. Bloqueio 3 em 1 com bupivacaína a 0,25% para analgesia pós-operatória em cirurgias ortopédicas. Rev Bras Anestesiol. 2000;50:221-224.

Geier OK. Bloqueio "3 em 1" por via anterior: bloqueio parcial, completo ou superdimensionado? Correlação entre anatomia, clínica e radio imagens. Rev Bras Anestesiol. 2004;54:560-572.

Fonseca NM, Ruzi RA, Ferreira FX, Arruda FM. Analgesia pós-operatória em cirurgia ortopédica: Estudo comparativo entre o bloqueio do plexo lombar por via perivascular inguinal (3 em 1) com ropivacaína e a analgesia subaracnóidea com morfina. Rev Bras Anestesiol. 2003;53:188-197.

Imbelloni LE, Gouveia MA. Analgesia pós-operatória com bloqueio do plexo lombar: comparação entre as técnicas com cateter e com estimulação do nervo femoral. Rev Bras Anestesiol. 2001;51:28-36.

Farny J, Drolet P, Girard M. Anatomy of the posterior approach to the lumbar plexus block. Can J Anaesth. 1994;41:480-485.

Parkinson SK, Mueller JB, Little WL. Extent of blockade with various approaches to the lumbar plexus. Anesth Analg. 1989;68:243-248.

Dalens B, Vanneuville G, Tanguy A. Comparison of the fascia iliaca compartment block with the 3-in-1 block in children. Anesth Analg. 1989;69:705-713.

Chayen D, Nathan H, Chayen M. The psoas compartment block. Anesthesiology. 1976;45:95-99.

Mansour NY. 3-in-1 or 4-in-1?. Reg Anesth. 1992;17:242-243.

Winnie AP. The "3-in-1 block": is it really 4-in-1 or 2-in-1?. Reg Anesth. 1992;17:176-179.

Misra U, Pridie AK, McClymont C. Plasma concentrations of bupivacaine following combined sciatic and femoral 3 in 1 nerve blocks in open knee surgery. Br J Anaesth. 1991;66:310-313.

5dd2fd470e8825dc01c63494 rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections