Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942004000400003
Brazilian Journal of Anesthesiology
Scientific Article

Clonidina e dexmedetomidina por via peridural para analgesia e sedação pós-operatória de colecistectomia

Epidural clonidine or dexmedetomidine for post-cholecystectomy analgesia and sedation

Antônio Mauro Vieira; Taylor Brandão Schnaider; Antônio Carlos Aguiar Brandão; Flávio Aparecido Pereira; Everaldo Donizeti Costa; Carlos Eduardo Povoa Fonseca

Downloads: 0
Views: 776

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A clonidina e a dexmedetomidina são agonistas alfa2-adrenérgicos que, quando administrados por via peridural, possuem propriedades analgésicas e potencializam os efeitos dos anestésicos locais. A presente pesquisa objetivou avaliar a analgesia e a sedação produzidas pela clonidina ou dexmedetomidina associadas à ropivacaína, por via peridural, no pós-operatório de colecistectomia por via subcostal. MÉTODO: Participaram do estudo aleatório e duplamente encoberto 40 pacientes, de ambos os sexos, com idade variando de 18 a 50 anos, peso entre 50 e 100 kg, estado físico ASA I e II, submetidos à colecistectomia por via subcostal, os quais foram distribuídos em dois grupos: clonidina (GC), em que foi administrada clonidina (1 ml = 150 µg) associada à ropivacaína a 0,75% (20 ml) por via peridural; dexmedetomidina (GD), em que foi injetada dexmedetomidina (2 µg.kg-1) associada à ropivacaína a 0,75% (20 ml) por via peridural. A analgesia e a sedação foram observadas 2, 6 e 24 horas após o término da anestesia. RESULTADOS: Ocorreu sedação depois de 2 e 6 horas em ambos os grupos, sendo que houve diferença estatística significante entre os tempos de 2 e 6 horas no grupo dexmedetomidina. Houve analgesia em ambos os grupos, especialmente depois de 2 e 6 horas. Foi detectada diferença estatística significante entre os tempos de 2, 6 e 24 horas no grupo dexmedetomidina; no grupo clonidina essa diferença estatística significante foi observada entre os tempos de 2 e 6 horas e entre 2 e 24 horas. CONCLUSÕES: Os resultados permitiram concluir que a clonidina ou a dexmedetomidina associadas à ropivacaína a 0,75% asseguraram analgesia e sedação nos tempos de observação de 2 e 6 horas após o término da anestesia, nos pacientes submetidos à colecistectomia por via subcostal e que a clonidina promove analgesia mais prolongada.

Palavras-chave

ANESTÉSICOS, ANESTÉSICOS, DROGAS, DROGAS, DROGAS, TÉCNICAS ANESTÉSICAS, TÉCNICAS ANESTÉSICAS

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Clonidine and dexmedetomidine are alpha2-adrenergic agonists with analgesic proprieties which potentiate local anesthetic effects when epidurally administered. The goal of this study was to evaluate the analgesia and sedation promoted by clonidine or dexmedetomidine associated to epidural ropivacaine, in the postoperative period of subcostal cholecystectomy. METHODS: Forty patients of both gender participated in this randomized double-blind study , aged 18 to 50 years, weighing 50 to 100 kg, physical status ASA I or II, submitted to subcostal cholecystectomy. The subjects were distributed in two groups: Clonidine (CG), receiving clonidine (1 mL = 150 µg) associated to 0.75% epidural ropivacaine (20 mL); Dexmedetomidine (DG), receiving dexmedetomidine (2 µg.kg-1) associated to 0.75% epidural ropivacaine (20 mL). Analgesia and sedation were evaluated 2, 6 and 24 hours anesthetic recovery. RESULTS: Both groups present some grade of sedation in the moments 2 and 6 hours , with statistically significant difference between the two moments for the dexmedetomidine group. There has been analgesia in both groups, especially at 2 and 6 hours. There have been statistically significant difference among periods of 2, 6 and 24 hours in the dexmedetomidine group; in the clonidine group, this statistically significant difference was observed between the periods of 2 and 6 hours and between 2 and 24 hours. CONCLUSIONS: Our results allowed to conclude that the association of clonidine or dexmedetomidine to 0.75% ropivacaine induces analgesia and sedation in 2 and 6 hours after anesthetic recovery in patients submitted to subcostal cholecystectomy and that clonidine promotes more prolonged analgesia.

Keywords

ANESTHETICS, ANESTHETICS, ANESTHETIC TECHNIQUES, ANESTHETIC TECHNIQUES, DRUGS, DRUGS, DRUGS

References

Braz LG, Vianna PTG, Braz JRC et al. Níveis de sedação determinados pela clonidina e midazolam na medicação pré-anestésica. Avaliação clínica e eletroencefalográfica bispectral. Rev Bras Anestesiol. 2002;52:9-18.

Alves TCA, Braz JRC, Vianna PTG. Alfa2-agonistas em Anestesiologia: aspectos clínicos e farmacológicos. Rev Bras Anestesiol. 2000;50:396-404.

Bucklin B, Eisenach JC, Tucker B. Pharmacokinetics and dynamic studies of intrathecal, epidural and intravenous dexmedetomidine. Anesthesiology. 1991;75(3):A662.

Bischoff P, Kochs E. Alpha2-agonists in anesthesia and intensive medicine. Anaesthesiol Intensivmed Notfallmed Schmerzther. 1993;28:2-12.

Bagatini A, Gomes CR, Mazella MZ et al. Dexmedetomidina: farmacologia e uso clínico. Rev Bras Anestesiol. 2002;52:606-617.

Milligan KR, Convery PN, Weir P et al. The efficacy and safety of epidural infusions of levobupivacaine with and without clonidine for postoperative pain relief in patients undergoing total hip replacement. Anesth Analg. 2000;91:393-397.

Klimscha W, Chiari A, Krafft P. Hemodynamic and analgesic effects of clonidine added repetitively to continuous epidural and spinal blocks. Anesth Analg. 1995;80:322-327.

Fukushima K, Nishimi Y, Mori K. The effect of epidural administered dexmedetomidine on central and peripheral nervous system in man. Anesth Analg. 1997;84:S292.

Ivani G, De Negri P, Conio A. Ropivacaine-clonidine combination for caudal blockade in children. Acta Anaesthesiol Scand. 2000;44:446-449.

Alves TCA, Braz JRC. Efeitos da associação da clonidina à ropivacaína na anestesia peridural. Rev Bras Anestesiol. 2002;52:410-419.

Cangiani LM. Sedação. Anestesia Ambulatorial. 2001:191-196.

Filos KS, Goudas LC, Patroni O et al. Intrathecal clonidine as a sole analgesic for pain relief after cesarean section. Anesthesiology. 1992;77:267-274.

Elstraete AC, Pastureau F, Lebrun T. Caudal clonidine for postoperative analgesia in adults. Br J Anaesth. 2000;84:401-402.

Hall JE, Uhrich TD, Ebert TJ. Sedative, analgesic and cognitive effects of clonidine infusions in humans. Br J Anaesth. 2001;86:5-11.

Fonseca NM, Oliveira CA. Efeito da clonidina associada à bupivacaína a 0,5% hiperbárica na anestesia subaracnóidea. Rev Bras Anestesiol. 2001;51:483-492.

5dd7dc000e8825945013f287 rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections