Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942004000400002
Brazilian Journal of Anesthesiology
Scientific Article

Estudo comparativo entre concentrações de bupivacaína a 0,125% e a 0,25% associada ao fentanil para analgesia de parto por via peridural

Comparison between 0.125% and 0.25% bupivacaine associated to fentanyl for epidural labor analgesia

Marcos Emanuel Wortmann Gomes; Vanessa Rezende Balle; Sheila Braga Machado; Florentino Fernandes Mendes

Downloads: 0
Views: 664

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A analgesia de parto tem a finalidade de diminuir ou até excluir o sofrimento materno durante o trabalho de parto, sendo considerada um método seguro e efetivo para o alívio da dor. O objetivo deste trabalho foi comparar duas concentrações de bupivacaína (0,25% e 0,125%), associada ao fentanil na analgesia de parto por via peridural, quanto à eficácia antálgica e o grau de bloqueio motor, e verificar a influência das diferentes concentrações utilizadas na duração do trabalho de parto, no bem estar do recém-nascido e na satisfação materna. MÉTODO: Neste estudo prospectivo e duplamente encoberto, 51 gestantes primíparas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos para receberem uma de duas concentrações de bupivacaína para indução de analgesia de parto (0,25% [n = 23] ou 0,125% [n = 28]). Para a mensuração da analgesia, foi utilizado a escala numérica de dor, e para a avaliação do bloqueio motor, a escala de Bromage. Para a comparação das médias, foi utilizado o teste t de Student, e, para a comparação das proporções, o teste Qui-quadrado, com p < 0,05. RESULTADOS: Não houve diferença significativa nas variáveis dor, grau de bloqueio motor e bem-estar fetal entre os dois grupos. O índice de cesariana foi significativamente maior no grupo com maior concentração (p < 0,05). No grupo com menor concentração, as pacientes ficaram mais satisfeitas com o procedimento (p < 0,01). CONCLUSÕES: A bupivacaína na concentração de 0,125%, associada ao fentanil, mostrou maior benefício quando comparada com a concentração de 0,25%. Nesta dose, verificou-se menor incidência de efeitos indesejáveis sem comprometimento da analgesia proporcionada e maior grau de satisfação materna.

Palavras-chave

ANALGESIA, ANALGÉSICOS, ANALGÉSICOS, ANESTÉSICOS, ANESTÉSICOS, TÉCNICAS ANESTÉSICAS, TÉCNICAS ANESTÉSICAS

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Epidural analgesia aims at decreasing or even abolishing maternal suffering during labor. It is considered a safe and effective method for pain relief. This study aimed at comparing two bupivacaine concentrations (0.25% and 0.125%) associated to fentanyl in epidural labor analgesia to determine its efficacy on pain relief and its effect on motor block. We have also observed the influence of these two concentrations on labor duration, fetal outcome and maternal satisfaction. METHODS: Participated in this prospective and double blind study 51 primiparous women who were randomized to receive one out of two bupivacaine concentrations for epidural labor analgesia (0.25% [n = 23] or 0.125% [n = 28]). Analgesia was measured using a numeric pain scale, and motor block was verified using Bromage scale. Means were compared using Student's t test, while proportions were compared using Qui-square test, with p < 0.05. RESULTS: There has been no statistical difference in pain, degree of motor block and fetal outcome between groups. Cesarean delivery rate was statistically higher in the group receiving 0.25% bupivacaine (p < 0.05). Lower concentration group patients were more satisfied with the procedure (p < 0.01). CONCLUSIONS: The association of fentanyl and 0.125% bupivacaine proved to be more beneficial as compared to 0.25% concentration. With this dose, there has been a lower incidence of adverse effects without compromising analgesia, and yet a higher rate of maternal satisfaction.

Keywords

ANALGESIA, ANALGESICS, ANALGESICS, ANESTHETICS, ANESTHETICS, ANESTHETIC TECHNIQUES, ANESTHETIC TECHNIQUES

References

Segal S. The effect of epidural analgesia on the progress and outcome of labor and delivery: why are we still discussing the question?. IARS Review Course Lectures. 2000:73-77.

Zhang J, Klebanoff M, DerSimonian R. Epidural analgesia in association with duration of labor and mode of delivery: a quantitative review. Am J Obstet Gynecol. 1999;180:970-977.

Eugênio AGB, Cavalcanti FS. Analgesia de parto condutiva - anestésicos e outras drogas. Rev Bras Anestesiol. 1993;43:57-63.

Thorp J. Epidural analgesia for labor: effect on the cesarean birth rate. Clin Obstet Gynecol. 1998;41:449-460.

Olofsson A. Obstetric outcome following epidural analgesia with bupivacaine - adrenaline 0.25% or bupivacaine 0.125% with sufentanil: a prospective randomised controlled study in 1,000 parturients. Acta Anaesthesiol Scand. 1997;41:1-9.

Thorp J. Does epidural analgesic technique influence mode of delivery?. Acta Anaesthesiol Scand. 1998;42:281-283.

Parker RK. Influence of labor epidural management on outcome in obstetrics. Reg Anesth. 1992;17:31.

Impey L, MacQuillan K, Robson M. Epidural analgesia need not increase operative delivery rates. Am J Obstet Gynecol. 2000;182:358-363.

5dd7db610e8825f64e13f286 rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections