Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942003000600005
Brazilian Journal of Anesthesiology
Scientific Article

Analgesia pós-operatória em cesarianas com a associação de morfina por via subaracnóidea e antiinflamatório não esteróide: diclofenaco versus cetoprofeno

Post-cesarean section analgesia with low spinal morphine doses and systemic nonsteroidal anti-inflammatory drug: diclofenac versus ketoprofen

Jacqueline Toshiko Hirahara; Sandra Bliacheriene; Eduardo Tsuyoshi Yamaguchi; Marina Cestari Rizzo Rosa; Mônica Maria Siaulys Capel Cardoso

Downloads: 0
Views: 2021

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A associação de baixas doses de morfina subaracnóidea e diclofenaco por via muscular tem se mostrado eficaz para o controle da dor pós-operatória em pacientes submetidas à cesariana sob raquianestesia. O cetoprofeno pode ser vantajoso em relação ao diclofenaco, já que sua administração pode ser realizada por via venosa. O objetivo do estudo foi comparar a eficácia analgésica do diclofenaco e do cetoprofeno, quando administrados em associação com baixas doses de morfina subaracnóidea no pós-operatório imediato de pacientes submetidas à cesariana sob raquianestesia. MÉTODO: Foram estudadas prospectivamente 44 pacientes estado físico ASA I ou II submetidas à cesariana sob raquianestesia com 15 mg de bupivacaína hiperbárica e 28 µg de morfina. Após 90 minutos do início da anestesia, as pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos que receberam: Grupo D (n = 22): 75 mg de diclofenaco por via muscular e Grupo C (n = 22): 100 mg de cetoprofeno em 100 ml de solução glicosada a 5% por via venosa, em 20 minutos. A dor foi avaliada com a escala analógica visual de dor (EAV - 0 cm indicando ausência de dor e 10 cm indicando dor insuportável), imediatamente antes e a cada hora após a administração do antiinflamatório (AINE), por um período de 6 horas. A analgesia complementar foi realizada utilizando-se a bomba de analgesia controlada pelo paciente (ACP) por via venosa, com bolus de 1 mg de morfina, intervalo de bloqueio de 7 minutos, sem infusão basal e dose máxima de morfina de 20 mg em 4 horas. Avaliou-se a dor, a necessidade de utilização de medicação analgésica de resgate, o consumo cumulativo de morfina nas seis primeiras horas após a administração do AINE, e a ocorrência de prurido, náusea, vômito e depressão respiratória. RESULTADOS: Os grupos D e C foram semelhantes em relação às médias de dor e doses cumulativas de morfina na ACP nas seis primeiras horas após a administração do AINE. CONCLUSÕES: O cetoprofeno, quando associado à morfina subaracnóidea, mostrou-se equivalente ao diclofenaco para o controle da dor nas seis primeiras horas pós-cesariana.

Palavras-chave

ANALGESIA, ANALGÉSICOS, ANALGÉSICOS, ANALGÉSICOS, ANALGÉSICOS, ANALGÉSICOS

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: The association of low spinal morphine doses and muscular diclofenac is effective to control postoperative pain after Cesarean section under spinal anesthesia. Ketoprofen, also an NSAID, may be advantageous over diclofenac because it may be intravenously administered. This study aimed at comparing the analgesic efficacy of diclofenac and ketoprofen in association to low spinal morphine doses in the immediate postoperative period of patients submitted to Cesarean section under spinal anesthesia. METHODS: Participated in this prospective study 44 healthy parturients, physical status ASA I or II, submitted to Cesarean section under spinal anesthesia with 15 mg hyperbaric bupivacaine and 28 µg morphine. Patients were randomly allocated into two groups, 90 minutes after anesthetic induction: Group D (n = 22): 75 mg muscular diclofenac; and Group K (n = 22): 100 mg intravenous ketoprofen diluted in 100 ml of 5% glucose in 20 minutes. Pain was evaluated immediately before NSAID administration and then every hour for six hours, using the Visual Analog Scale of Pain (VAS - 0 cm meaning no pain and 10 cm the worst possible pain). Rescue analgesia was provided by intravenous PCA pump (1mg bolus morphine with 7 minutes lockout interval, without basal infusion and maximum 20 mg morphine dose in 4 hours). The following parameters were evaluated: pain intensity, need for rescue analgesia, cumulative morphine consumption in the first 6 hours following NSAID administration, and the incidence of pruritus, nausea, vomiting and respiratory depression. RESULTS:Both groups were similar in pain intensity, cumulative morphine doses and incidence of pruritus, nausea and vomiting in the first six hours following NSAID administration. CONCLUSIONS: When associated to low spinal morphine doses, ketoprofen was similar to diclofenac in providing postoperative analgesia in the first six hours following Cesarean section under spinal anesthesia.

Keywords

ANALGESIA, ANALGESICS, ANALGESICS, ANALGESICS, ANALGESICS, ANALGESICS

References

Cardoso MMSC, Carvalho JCA, Amaro AR. Small doses of spinal morphine combined with systemic diclofenac for postoperative analgesia after cesarean delivery. Anesth Analg. 1998;86:538-541.

Laitinen J, Nuutinen L, Kiskila EL. Comparison of intravenous diclofenac, indomethacin and oxydocone as postoperative analgesics in patients undergoing knee surgery. Europ J Anaesthesiol. 1992;9:29-34.

Korpela R, Olkkola KT. Pharmacokinetics of intravenous diclofenac sodium in children. Eur J Clin Pharmacol. 1990;38:293-295.

Campbell WI, Watters CH. Venous sequelae following i. v. administration of diclofenac. Br J Anaesth. 1989;62:545-547.

Rorarius MGF, Suominen P, Baer GA. Diclofenac and ketoprofen for pain treatment after elective Caesarean section. Br J Anaesth. 1993;70:293-297.

Ostensen M, Husby G. Antirheumatic drug treatment during pregnancy and lactation. Scand J Rheumatol. 1985;14:1-7.

Peloso PM. Strategies and practice for use of nonsteroidal anti-inflammatory drugs. Scand J Rheumatol. 1996;105:29-48.

Mizuno H, Sakamoto C, Matsuda K. Induction of ciclooxygenase 2 in gastric mucosal lesions and its inhibition by the specific antagonist delays healing in mice. Gastroenterology. 1997;112:387-397.

Wallace JL. Selective COX-2 inhibitors: is the water becoming muddy?. Tips. 1999;20:4-6.

5ddc3d630e88253218f2c91e rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections