Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1590/S0034-70942001000300002
Brazilian Journal of Anesthesiology
Scientific Article

Raquianestesia com agulha de Quincke 27G, 29G e Whitacre 27G: análise da dificuldade técnica, incidência de falhas e cefaléia

Spinal anesthesia with 27G and 29G Quincke and 27G Whitacre needles: technical difficulties, failures and headache

José Francisco Nunes Pereira das Neves; Giovani Alves Monteiro; João Rosa de Almeida; Ademir Brun; Roberto Silva Sant'Anna; Evandro Soldate Duarte

Downloads: 1
Views: 827

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A tecnologia tem possibilitado a produção de agulhas de fino calibre, que reduzem a incidência de cefaléia, mas promovem aumento na dificuldade técnica e possibilidades de falhas. O objetivo deste estudo foi avaliar prospectivamente a dificuldade técnica, a incidência de falhas e de cefaléia, em pacientes submetidos a raquianestesia com agulhas de Quincke 27G, 29G e Whitacre 27G. MÉTODO: Participaram do estudo 300 pacientes, com idades abaixo de 50 anos, submetidos à raquianestesia com auxilio de introdutor (20G 1¼) e divididos em três grupos, conforme o tipo e calibre da agulha utilizada: GI (Quincke 27G), GII (Quincke 29G) e GIII (Whitacre 27G). Na sala de operação foram analisadas a dificuldade técnica e a incidência de falhas. No período pós-operatório foi avaliada a incidência de cefaléia até a alta hospitalar. Os pacientes que apresentaram cefaléia seriam tratados com analgésicos, hidratação e, se necessário, tampão sangüíneo peridural. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação a dificuldade técnica, a incidência de falhas e de cefaléia. A incidência global de cefaléia foi 1,6% de intensidade leve e de curta duração, não sendo necessário o uso do tampão sangüíneo peridural. CONCLUSÕES: Nas condições desse estudo as agulhas Quincke 27G, 29G e Whitacre 27G não influenciaram a incidência de cefaléia ou falhas de bloqueio subaracnóideo e nem a dificuldade da punção.

Palavras-chave

COMPLICAÇÕES: cefaléia, falha, EQUIPAMENTOS: agulha de Quincke, agulha de Whitacre, TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional: subaracnóidea

Abstract

JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La tecnología ha posibilitado la producción de agujas de fino calibre, que reducen la incidencia de cefalea, solo que promueven aumento en la dificultad técnica y posibilidades de fallas. El objetivo de este estudio fue evaluar prospectivamente la dificultad técnica, la incidencia de fallas y de cefalea, en pacientes sometidos a raquianestesia con agujas de Quincke 27G, 29G y Whitacre 27G. MÉTODO: Participaron del estudio 300 pacientes, con edades abajo de 50 años, sometidos a raquianestesia con auxilio de introductor (20G 1¼) y divididos en tres grupos, conforme el tipo y calibre de la aguja utilizada: GI (Quincke 27G), GII (Quincke 29G) y GIII (Whitacre 27G). En la sala de operación fueron analizadas la dificultad técnica y la incidencia de fallas. En el período pós-operatorio fue evaluada la incidencia de cefalea hasta el alta hospitalar. Los pacientes que presentaron cefalea serian tratados con analgésicos, hidratación y, si necesario, tampón sanguíneo peridural. RESULTADOS: No hubo significativa diferencia entre los grupos en relación a la dificultad técnica, la incidencia de fallas y de cefalea. La incidencia global de cefalea fue 1,6% de intensidad leve y de corta duración, no siendo necesario el uso del tampón sanguíneo peridural. CONCLUSIONES: En las condiciones de ese estudio las agujas Quincke 27G, 29G y Witacre 27G no influenciaron la incidencia de cefalea o fallas de bloqueo subaracnóideo y ni la dificultad de la punción.

Keywords

ANESTHETIC TECHNIQUES, Regional: spinal block, COMPLICATIONS: headache, failure, EQUIPMENTS: Quincke needle, Whitacre needle

References

Imbelloni LE. Comparação entre agulha 27G Whitacre com 26G Atraucan para cirurgias eletivas em pacientes abaixo de 50 anos. Rev Bras Anestesiol. 1997;47:288-296.

Corbey MP, Bach AB, Lech K. Grading of severity of postdural puncture headache after 27-gauge Quincke and Whitacre needles. Acta Anaesthesiol Scand. 1997;41:779-784.

Schultz AM, Ulbing S, Kaider A. Postdural puncture headache and back pain after spinal anesthesia with 27-gauge Quincke and 26-gauge Atraucan needles. Reg Anesth. 1996;21:461-464.

Tarkkila P, Huhtala J, Salminen U. Difficulties in spinal needle use insertion characteristics and failure rates associated with 25, 27 and 29-gauge Quincke: type spinal needles. Anaesthesia. 1994;49:723-725.

Krommendijk EJ, Verheijen R, Van Dijk B. The Pencan 25-gauge needle: a new pencil- point needle for spinal anesthesia. Tested in 1.193 patients. Reg Anesth Pain Med. 1999;24:43-50.

Jahangir SM. Tip-hole spinal needle: a new design concept. Reg Anesth Pain Med. 2000;25:403-407.

Lambert DH, Hurley RJ, Hertwig L. Role of needle gauge and tip configuration in the production of lumbar puncture headache. Reg Anesth. 1997;22:66-72.

Garcia F, Bustos A, Sariego M. Anestesia intradural con aguja 27G de Sprotte para la cirurgia de artroscopia de la rodilla en los pacientes ambulatorios menores de 40 años. Rev Esp Anestesiol Reanim. 1998;45:263-267.

Spencer HC. Postdural puncture headache: what matters in technique. Reg Anesth Pain Med. 1998;23:374-379.

Lynch J, Kasper SM, Strick K. The use of Quincke and Whitacre 27-gauge needles in orthopedic patients: Incidence of failed spinal anesthesia and postdural puncture headache. Anesth Analg. 1994;79:124-128.

Puolakka R, Jokinen M, PitKänen MT. Comparison of postanesthetic sequelae after clinical use of 27-gauge cutting and noncutting spinal needles. Reg Anesth. 1997;22:521-526.

Holst D, Möllmann M, Ebel C. In vitro investigation of cerebrospinal fluid leakage after dural puncture with various spinal needles. Anesth Analg. 1998;87:1331-1335.

Dittmann M, Schaefer HG, Renkl F. Spinal anaesthesia with 29-gauge Quincke point needle and post dural puncture headache in 2.378 patients. Acta Anaesthesiol Scand. 1994;38:691-693.

Imbelloni LE, Sobral MGC, Carneiro ANG. Incidência e causas de falhas em anestesia subaracnóidea em hospital particular: Estudo prospectivo. Rev Bras Anestesiol. 1995;45:159-164.

Seeberger MD, Kaufmann M, Staender S. Repeated dural punctures increase the incidence of postdural puncture headache. Anesth Analg. 1996;82:302-305.

Villar GCP, Rosa C, Capelli EL. Incidência de cefaléia pós-raquianestesia em pacientes obstétricas com o uso de agulha de Whitacre calibre 27G: Experiência com 4570 casos. Rev Bras Anestesiol. 1999;49:110-112.

Gupta S, Meena R, Agarwal A. Postdural puncture headache: A review article. Middle East J Anesthesiol. 1998;14:267-274.

Vakharia SB, Thomas PS, Rosenbaum AE. Magnetic resonance imaging of cerebrospinal fluid leak and tamponade effect of blood patch in postdural puncture headache. Anesth Analg. 1997;84:585-590.

Eriksson AL, Hallén B, Lagerkranser M. Whitacre or Quincke needles-does it really matter. Acta Anaesthesiol Scand. 1998;113:17-20.

Reina MA, López-García A, Andrés-Ibáñez JA. Microscopia eletrónica de las lesiones producidas en la duramadre humana por las agujas de bisel Quincke y Whitacre. Rev Esp Anestesiol Reanim. 1997;44:56-61.

5dd818a50e88258a6c13f286 rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections