Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1016/j.bjane.2018.02.005
Brazilian Journal of Anesthesiology
Letter to the Editor

Focused cardiac ultrasound: is there room for intraoperative use?

US cardíaca focada: há espaço para seu uso no intraoperatório?

Fábio de Vasconcelos Papa

Downloads: 0
Views: 693

Abstract

The use of ultrasound in anesthetic practice is already well established in regional blockades,1 for venous access,2 and in the perioperative period of heart surgeries through transesophageal echocardiography.3

Recently, the point-of-care ultrasound (POCUS) has expanded dramatically in the areas of intensive care, surgery and emergency medicine and it has been confirmed that its use in perioperative medicine has a much broader potential than that used by our specialty.

Specifically, perioperative ultrasound is well established in the following fields: (1) cardiac; (2) pulmonary; (3) hemodynamic evaluation; (4) abdominal; (5) vascular access; (6) airway; and (7) intracranial pressure evaluation.4

Focused cardiac ultrasound is defined as the use of US at the bedside in order to evaluate the unstable patient and, within a specific list of diagnoses, to individualize clinical treatment for a particular situation based on ultrasound findings and with the use of binary and qualitative questions (yes/no – much/little).5

It is important, however, to emphasize its difference when compared to formal echocardiographic examination.

The single purpose of focused cardiac ultrasound is to give answer to qualitative questions, being used as a complement to the physical examination in a short time and with a defined objective of evaluating the cause of clinical instability based on a specific list of diagnoses (Table 1), and its intraoperative use by the anesthesiologist is related to lower rates of complications and mortality in high-risk patients.6 On the other hand, the formal echocardiographic examination, however abridged it may be, is dependent on an operator trained, enabled, and certified in the acquisition, analysis, and interpretation of the images obtained, in addition to being often used in different clinical situations besides those found in the perioperative period7 (Table 2).

Table 1 Indications for focused cardiac US. 

Evaluation of hemodynamic instability
Evaluation of PCR causes
Evaluation of patients at risk for cardiac complications

Table 2 Differences between focused cardiac US and echocardiographic examination. 

Formal echocardiography
Training and qualification in the acquisition and interpretation of images
Advanced knowledge in the use of US technology
Focused cardiac US
Specific and limited objective
Basic knowledge on the use of US and its perioperative application

The literature shows that its management is quickly learned and easily acquired,8 but it needs to be continually practiced.9 The question that now arises is how to incorporate this skill in our field if there is no formal model of anesthesiologist training, capacitation, and certification, whether during residency or already professionally active.8

Ideally, POCUS training should be done in the same way as those used for cardiovascular anesthesiologist training in transesophageal perioperative echocardiography,9 based on a robust program composed of theoretical classes, training in simulators and living models.

It is time for the anesthesiologist to explore and further incorporate this ability with the use of ultrasound and add it to those already mastered (peripheral blocks, venous accesses) in order to ally the use of this technology to better care for patients in general and, particularly, for severely ill patients.

Resumo

O uso da ultrassonografia na prática anestésica já é bem estabelecido em bloqueios regionais,1 para obtenção de acessos venosos2, e no período perioperatório de cirurgias cardíacas através da ecocardiografia transesofágica.3

Recentemente a USPOC (ultrassonografia POC [point of care]) expandiu-se dramaticamente nas áreas de medicina intensiva, cirurgia e medicina de urgência e confirmou que o seu uso em medicina perioperatória tem potencial muito mais abrangente do que o usado pela nossa especialidade.

Especificamente o seu uso no período perioperatório encontra-se bem estabelecido nos seguintes segmentos: 1) Cardíaco; 2) Pulmonar; 3) Avaliação hemodinâmica; 4) Abdominal; 5) Acesso vascular; 6) Vias aéreas e 7) Avaliação da pressão intracraniana.4

A ultrassonografia cardíaca focada é definida como o uso da US à beira do leito com o objetivo de avaliar o paciente instável e, dentro de uma lista específica de diagnósticos, individualizar o tratamento clínico para determinada situação com base nos achados ultrassonográficos e com o uso de questões de caráter binário e qualitativo (sim/não – muito/pouco).5

É importante, porém, enfatizar a sua diferença quando comparado com o exame ecocardiográfico formal.

O objetivo único da ultrassonografia cardíaca focada é responder a questões de natureza qualitativa, sendo usada como um complemento ao exame físico, em um tempo curto e com um objetivo definido de avaliar a causa da instabilidade clínica baseada em uma lista específica de diagnósticos (tabela 1), sendo o seu uso pelo anestesiologista no intraoperatório relacionado a menores taxas de complicações e mortalidade em pacientes de alto risco.6 Já a realização do exame ecocardiográfico formal, por mais abreviado que seja, é dependente de um profissional treinado, habilitado e certificado na aquisição, análise e interpretação das imagens obtidas, além de ser muitas vezes empregado em diferentes situações clínicas além das encontradas no período perioperatório7 (tabela 2).

Tabela 1 Indicações para realização da US cardíaca focada 

Avaliação da instabilidade hemodinâmica
Avaliação de causas de PCR
Avaliação de pacientes com risco de complicações cardíacas

Tabela 2 Diferenças entre US cardíaca focada e exame ecocardiográfico 

Ecocardiografia formal
Treinamento e habilitação na aquisição e interpretação das imagens
Conhecimento avançado no uso da tecnologia de US
US cardíaca focada
Objetivo específico e limitado
Conhecimento básico no uso da US e sua aplicação no perioperatório

A literatura mostra que seu aprendizado é rápido e facilmente adquirido,8 necessita porém ser continuamente praticado.9 A questão que surge agora é como incorporar essa habilidade dentro da nossa especialidade se não existe um modelo formal de treinamento, capacitação e certificação do anestesiologista, esteja ele durante a residência ou já na atividade profissional.8

Idealmente o treinamento nessa modalidade de USPOC deveria ser feito nos mesmos moldes que os usados para o treinamento do anestesiologista cardiovascular em ecocardiografia perioperatória transesofágica,9 com base em um programa robusto composto de aulas teóricas, treinamento em simuladores e modelos vivos.

É chegada a hora de o anestesiologista explorar e incorporar mais essa habilidade com o uso do ultrassom, e somá-la às já dominadas (bloqueios periféricos, acessos venosos) com o objetivo de aliar o uso dessa tecnologia a um melhor cuidado dispensado aos pacientes em geral e aos pacientes graves em particular.

References

1 Gray AT. Ultrasound-guided regional anesthesia: current state of the art. Anesthesiology. 2006;104:368-73. [ Links ]

2 Wu SY, Ling Q, Cao LH, Wang J, Xu MX, Zeng WA. Real-time two-dimensional ultrasound guidance for central venous cannulation: a meta-analysis. Anesthesiology. 2013;118:361-75. [ Links ]

3 Shore-Lesserson L, Moskowitz D, Hametz C, et al. Use of intraoperative transesophageal echocardiography to predict atrial fibrillation after coronary artery. Anesthesiology. 2001;95:652-8. [ Links ]

4 Mahmood F, Matyal R, Skubas N. Perioperative ultrasound training in anesthesiology: a call to action. Anesth Analg. 2016;122:1794-804. [ Links ]

5 Spencer KT, Kimura BJ, Korcarz CE, Pellikka PA, Rahko PS, Siegel RJ. Focused cardiac ultrasound: recommendations from the American Society of Echocardiography. J Am Soc Echocardiogr. 2013;26:567-81. [ Links ]

6 Holm JH, Frederiksen CA, Juhl-Olsen P, Sloth E. Perioperative use of focus assessed transthoracic echocardiography (FATE). Anesth Analg. 2012;115:1029-32. [ Links ]

7 Schnobrich DJ, Olson AP, Broccard A, Duran-Nelson A. Feasibility and acceptability of a structured curriculum in teaching procedural and basic diagnostic ultrasound skills to internal medicine residents. J Grad Med Educ. 2013;5:493-7. [ Links ]

8 Ramsingh D, Rinehart J, Kain Z, et al. Impact assessment of perioperative point-of-care ultrasound training on anesthesiology residents. Anesthesiology. 2015;123:670-82. [ Links ]

9 Hahn RT, Abraham T, Adams MS, et al. Guidelines for performing a comprehensive transesophageal echocardiographic examination: recommendations from the American Society of Echocardiography and the Society of Cardiovascular Anesthesiologists. J Am Soc Echocardiogr. 2013;26:921-64. [ Links ]

5dcb12970e8825f80b03b87d rba Articles
Links & Downloads

Braz J Anesthesiol

Share this page
Page Sections