Brazilian Journal of Anesthesiology
https://bjan-sba.org/article/doi/10.1016/j.bjane.2017.08.001
Brazilian Journal of Anesthesiology
Letter to the Editor

Evaluation of the efficacy of lidocaine and magnesium sulphate in reducing the hemodynamic effects caused after intubation/laryngoscopy

Avaliação da eficácia de lidocaína e sulfato de magnésio para reduzir os efeitos hemodinâmicos desencadeados pela laringoscopia/intubação

Rowena Gnanapragasam ; Ateka Gomaa ; Vinod Patil

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Abstract

Firstly, we would like to thank the Brazilian Journal of Anesthesiology for publishing this study comparing the effects of lidocaine and magnesium sulfate and the researchers for their efforts in conducting this study.

The subject selection criteria plus the nature of prospective randomised double blind studies omit any question of bias.

However, we have identified several limitations of the method. Firstly, a single centre study with a small number of subjects is not representative of a larger population. Additionally, according to the power analysis there should have been at least 25 patients in Group L to make accurate conclusions about lidocaine – although it is arguable that a difference of one is a trivial.

It would have been helpful if the researchers had explained their choice of administration methods of the drugs further. It can be suggested that a lower total dose of lidocaine could have reached peak effects quicker with a bolus.1 Moreover, we wonder whether it was the intention of the researchers to give study drug infusions which would still be lowering blood pressure six minutes post OTI.2 We are curious to know how long it took after study drug infusion for the subjects’ blood pressure to return to normal.

It is known that ethnicity is one of the main risk factors for hypertension. It has been found that black people have a higher systolic and diastolic pressure than those with European origin.3 Therefore, a greater blood pressure in Group M may be due to more participants being of African origin. The authors have not supplied supplementary data indicating the ethnicities of participants which would be useful in assessing the contribution of ethnicity to the effect the drug has on blood pressure.2

The authors state that their study “was performed with healthy patients” however table 1 in the paper by Mendonça et al. suggests that a proportion of participants took diuretics, angiotensin receptor blockers and ACE inhibitors.2 As the authors provide no supplementary data it is unclear if 15 participants were taking anti-hypertensive drugs or if a smaller number took multiple drugs. Furthermore, the paper does not explain why these participants were on anti-hypertensive drugs. They may have been administered medication to ensure the patients had a similar blood pressure pre-surgery. However, as hypertension is associated with left ventricular hypertrophy amongst consequences, it questions whether the study was “performed with healthy patients”.3 The publication of supplementary material detailing the health of the patients would facilitate accurate interpretation of the results.2

The title of the study does not clarify that its purpose is to compare the two drugs’ efficacy. A title explicitly stating the comparative nature of the study would be more appropriate.

The several drawbacks of this study include the lack of stratification of the results based on ethnicity and the health of participants and comprehensive explanations on their choice of methods. However, the unbiased nature of this study gives credit to its results.

Resumo

Primeiramente gostaríamos de agradecer à Revista Brasileira de Anestesiologia pela publicação desse estudo, que comparou os efeitos da lidocaína e do sulfato de magnésio e aos pesquisadores pelos esforços na feitura do estudo.

O critério de seleção da população de indivíduos mais a natureza dos estudos prospectivos randômicos e duplo-cegos excluem qualquer questão de viés.

No entanto, identificamos várias limitações relacionadas ao método. Primeiro, um estudo conduzido em centro único com um pequeno número de indivíduos não é representativo de uma população maior. Além disso, de acordo com a análise do poder do estudo, o Grupo L deveria ter no mínimo 25 pacientes para que se pudesse chegar a conclusões precisas sobre a lidocaína – embora a diferença de “um” possa ser considerada irrelevante.

Teria sido útil se os pesquisadores tivessem explicado com mais detalhes a escolha dos métodos de administração das drogas. Pode-se sugerir que uma dose total mais baixa de lidocaína poderia ter atingido os efeitos máximos mais rapidamente com um bolus.1 Além disso, ficamos na dúvida se a intenção dos pesquisadores foi a de administrar infusões das drogas do estudo que ainda diminuiriam a pressão arterial seis minutos após intubação traqueal (IT).2 Estamos curiosos para saber quanto tempo demorou após a infusão das drogas até que a pressão arterial dos indivíduos voltasse ao normal.

Sabemos que a etnia é um dos principais fatores de risco para a hipertensão arterial. Descobriu-se que as pressões sistólica e diastólica são maiores nos negros do que nos indivíduos de origem europeia.3 Portanto, uma pressão arterial maior no Grupo M pode ser devido ao número maior de participantes com ascendência africana. Os autores não forneceram dados suplementares que indicassem as etnias dos participantes, o que seria útil para avaliar a contribuição da etnia em relação ao efeito causado pela droga na pressão arterial.2

Os autores afirmam que seu estudo “foi feito com pacientes saudáveis”; porém, a tabela 1 do artigo publicado por Mendonça et al. sugere que uma proporção dos participantes tomou diuréticos, bloqueadores do receptor de angiotensina e inibidores da ECA.2 Como os autores não fornecem dados suplementares, não está claro se 15 participantes tomavam anti-hipertensivos ou se um número menor tomou várias drogas. Além disso, o artigo não explica por que esses participantes tomavam anti-hipertensivos. Eles podem ter recebido medicação para garantir que apresentassem uma pressão arterial similar pré-cirurgia. No entanto, como a hipertensão está associada à hipertrofia do ventrículo esquerdo, dentre as consequências, é questionável se o estudo foi “feito com pacientes saudáveis”.3 A publicação de material complementar com detalhes sobre a saúde dos pacientes facilitaria uma interpretação precisa dos resultados.2

O título do estudo não deixa claro que o objetivo é comparar a eficácia das duas drogas. Um título que indicasse explicitamente a natureza comparativa do estudo seria mais apropriado.

As várias desvantagens desse estudo incluem a falta de estratificação dos resultados com base na etnia e na saúde dos participantes e explicações abrangentes sobre a escolha dos métodos. Porém, a natureza imparcial do estudo confere crédito aos seus resultados.

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